quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Olho do Cidadão e o Jornal A Verdade:



Não percam amanhã, sábado dia 2 de Março:
O Olho do Cidadão vai estar com a equipa do Jornal A Verdade na distribuição dos jornais nos bairros periféricos de Maputo.
O Olho do cidadão vai acompanhar in locu o entusiasmo dos cidadãos ao receberem o jornal em mãos!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Centenas de pessoas vivem do Lixo, vivem no lixo, estão na Lixeira em Maputo – as condições dos catadores de lixo são indignas!

O Olho do Cidadão entrevistou ontem o Jurista e professor universitário Carlos Serra relativamente a problemática do Lixo em Maputo.

Olho do Cidadão: O que acha que está mal: a postura dos cidadãos moçambicanos ou do Conselho Municipal relativamente à problemática do lixo?
Carlos Serra: Infelizmente há um alheamento total dos cidadãos em relação a este tema: em primeiro lugar os munícipes têm de mudar de postura tendo em conta que todos os dias nos deparamos com cidadãos a deitarem o lixo para o chão, havendo uma certa dificuldade em manter os lugares limpos, em bom estado. Há uma necessidade atroz em maltratar os espaços públicos. Por outro lado, o Município não tem tratado do assunto da melhor forma, não conseguindo dar respostas a este problema, não havendo uma visão estratégica concreta.

Olho do Cidadão: O que acha que pode ser feito, para que haja uma mudança de comportamento?
Carlos Serra: Em primeiro lugar é necessário consciencializar os cidadãos em relação a uma mudança de comportamento através de campanhas de sensibilização, de reeducação, engajando a sociedade civil, desde os cidadãos, sector privado, instituições públicas para juntos podermos obter resultados concretos. No entanto, é importante ressalvar que tem de haver um verdadeiro investimento nesta área, tendo em conta que estas campanhas terão de ser a longo prazo, visto que mudanças de comportamento não se alcançam de um dia para o outro. Tem de haver vontade política para que estas campanhas comecem a acontecer.

Olho do Cidadão: Os munícipes pagam uma Taxa do Lixo para que o mesmo seja recolhido a tempo e horas. O que está a falhar?
Carlos Serra: Cada munícipe produz uma quantidade exorbitante de lixo: é importante salientar que a taxa de lixo paga pelos munícipes não é suficiente para pagar as despesas do lixo. Infelizmente há muito pouca aplicação das normas existentes relativamente ao assunto.
Na minha opinião, a taxa de lixo cobrada a cada munícipe devia de ser proporcional ao seu consumo de electricidade. Não se justifica que um cidadão que vive no bairro da Sommerchild pague a mesma taxa de lixo que o habitante no bairro da Mafalala, tendo em conta que os mesmos não consomem os mesmos níveis de energia e não produzem as mesmas quantidades de lixo. Costuma-se dizer que os ricos produzem muito mais lixo que os pobres, correspondendo á verdade.
Uma vez mais, para se conseguir resolver este problema, temos de envolver os bairros comunitários, sector privado, entidades públicas, comunicação social e outros parceiros, que se associem a estas campanhas para sensibilizar os munícipes. Infelizmente não se dá a devida atenção ao lixo, tanto a nível dos governantes como dos cidadãos.

Olho do Cidadão: O que acontece ao lixo após a sua recolha? É reciclado?
Carlos Serra: Todo o lixo recolhido é colocado na Vala do Hulene e o mesmo é separado por Catadores de Lixo, usando-o para consumo próprio, alimentando as suas famílias, e vendendo a empresas para reciclagem.
Centenas de pessoas vivem do Lixo, vivem no lixo, estão na Lixeira em Maputo – as condições dos catadores de lixo são indignas!
Por outro lado, há reciclagem em Maputo, aproveitando-se os resíduos e revendendo para empresas. Existe a AMOR (Associação Moçambicana de Reciclagem) que esta directamente envolvida com este processo, provendo eventos de limpeza, reciclagem do lixo.
É interessante perceber-se que o Lixo é um negócio lucrativo, dá dinheiro. O ideal é aproveitar-se o lixo ao máximo!

Para finalizar esta entrevista, Carlos Serra defende que se deve descentralizar o poder da cidade de Maputo em vários Municípios, como forma de podermos obter uma gestão mais próxima dos cidadãos, mais directa, mais próxima dos problemas dos cidadãos. A título de exemplo, o professor falou do caso da recolha de lixo na Catembe, visto que o mesmo praticamente não se faz, uma vez que é Maputo responsável por essa recolha. Conclusão: Catembe está a tornar-se praticamente numa cidade cheia de lixo, uma vez que a recolha praticamente não se faz!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O Olho do Cidadão vai entrevistar Carlos Serra!

Não perca hoje!


O Olho do Cidadão vai entrevistar Carlos Serra para falar do Ambiente e da problemática do Lixo em Moçambique.

Carlos Serra – Formado em Direito, jurista, professor universitário na UEM ( Faculdade de Arqutectura/ Faculdade de Direito  leccionando as cadeiras de Direito do Ambiente e Urbanismo. É também formador no Centro de Formação Jurídica e Judiciária e activista no Centro Terra Viva.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Maputo: Cidade das Acácias ou Cidade do Lixo?


Abre o Olho!!!!
A cidade de Maputo brinda-nos todos os dias com a sua extrema beleza, oferecendo-nos uma vista privilegiada para a cidade das Acácias. Espaços como o miradouro, a marginal, a Av. 10 de Novembro (em frente ao restaurante Zambi) oferecem-nos um panorama único virado para a baía de Maputo, atraindo os cidadãos que gostam de caminhar, passear, exercitar, andar de bicicleta para esta zona de lazer.
No entanto, todos os fins-de-semana verifica-se uma afluência de cidadãos que fazem da Av. 10 de Novembro/Av. Marginal um espaço de diversão, estacionando as suas viaturas, ouvindo música, comprando bebidas alcoólicas e pernoitando naquele espaço até ao amanhecer.
É importante salientar que O Olho do Cidadão nada tem contra a diversão dos cidadãos em espaços públicos e a venda de bebidas alcoólicas, tendo em conta que é um direito de todos fazerem uso destes espaços bem como alguns cidadãos obterem o seu ganha-pão através da venda de bebidas alcoólicas.
O Olho do Cidadão está indignado com o estado em que estas pessoas deixam o espaço público, após as noites de diversão, largando pelo chão latas de cervejas, garrafas de vinho, whisky, ou seja, quantidades exorbitantes de lixo espalhado pela Avenida.

A pergunta que se coloca é: Será que o Conselho Municipal não tem conhecimento desta situação? Não pagam os cidadãos uma Taxa de Lixo para que o lixo seja limpo? Porque é que se compactua com uma situação destas? De relembrar que nesta Avenida localizam-se os Ministérios do Turismo, dos Negócios Estrangeiros entre outras Instituições Públicas.
O Olho do Cidadão acredita que tem de haver uma mudança de postura/pensamento dos próprios cidadãos moçambicanos, tendo em conta que se tem de ter presente que não se deve sujar a cidade como temos vindo a fazer. Por outro lado, cabe às devidas Instituições Públicas fiscalizar a limpeza do Lixo na cidade.
Cabe a todos os moçambicanos manter a cidade limpa!
Vamos mudar de atitude!
Vamos ser cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres!
Vamos exercer a nossa cidadania!
Vamos reclamar situações como esta e esperar que as mesmas sejam resolvidas!











sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O Olho do Cidadão propõe-vos o seguinte desafio! Participa!

O Olho do Cidadão propõe o seguinte desafio:
Será que conseguem adivinhar onde se localiza esta escolinha que festeja o Carnaval?
     
a)     Sommerchild
b)     Bairro Triunfo
c)     Matola
d)     Bairro do Maxaquene
e)     Centro de Maputo







quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Duas Realidades/ A mesma cidade!


Não feches os olhos para estas diferenças abismais! Centro da Cidade de Maputo!







O crescimento económico do país é imperioso, as minas de carvão em Tete, as descobertas de gás na nossa bacia, dos preciosos recursos naturais, os desmesuráveis lucros da banca moçambicana, o desenvolvimento do Turismo, as escolas de grande qualidade que Maputo oferece, os espaços de diversão que existem na cidade, são tudo factores imprescindíveis para o desenvolvimento do País.
No entanto, não podemos fechar os olhos às crescentes clivagens que vão existindo numa cidade carregada de diferenças económicas e sociais.
É da responsabilidade de cada um de nós cidadãos moçambicanos, da sociedade civil moçambicana abrir o olho para estas realidades que cada vez mais se vão afastando. Por outro lado, o governo também é responsável pela crescente diferença existente, na medida em que tem de providenciar melhores serviços para estes bairros, serviços esses básicos para a sobrevivência humana, tais como água e saneamento, saúde, educação, entre outros.
Birro Chamanculo B




Acorda!
Faz a tua parte! Exerce a tua cidadania!
Abre o olho!!!!

O Desenvolvimento não se adia!

O Desenvolvimento não se adia!
Hoje já pode ser tarde!
 
O Olho do Cidadão visitou o Bairro do Chamanculo B para conhecer de perto um dos maiores bairros periféricos da cidade de Maputo, o bairro de Chamanculo que está dividido na secção A, B, C e D.
As dificuldades que o bairro enfrenta estão visíveis aos olhos de qualquer um, desde a construção de casas precárias, falta de água e saneamento, falta de latrinas, falta de higiene, entre outros.
No entanto, foi com enorme surpresa que apesar das enormes dificuldades enfrentadas, O Olho constatou um normal funcionamento desta enorme comunidade, desde a existência de Instituições Públicas como o Conselho Municipal do Chamanculo B, escolas primárias, Centros Comunitários, iniciativas de jovens dinâmicos que trabalham em prol de um bairro melhor, mais dinâmico.
Neste sentido, O Olho do Cidadão visitou uma brilhante iniciativa denominada ASSCODECHA – Associação Comunitária para o Desenvolvimento de Chamanculo. A ASSCODECHA é uma organização comunitária não governamental, sem fins lucrativos e apolítica, criada com o objectivo de resolver os problemas comunitários duma forma participativa e sustentável a nível do bairro.
Esta Associação Comunitária elabora e executa projectos de desenvolvimento comunitário operando nos Bairros periféricos da cidade de Maputo. Apoia crianças Órfãs, vulneráveis, mulheres solteiras e viúvas, adolescentes, jovens e pessoas que vivem com HIV-SIDA.
A Organização implementa o projecto Sustento e Participação Juvenil, obtendo resultados satisfatórios na comunidade local, onde cerca de 200 crianças e jovens vulneráveis beneficiam - se de material escolar, cursos profissionais, blocos sanitários, um sistema de abastecimento de água (torneiras), danças tradicionais, pinturas de quadros, aulas de inglês, aulas de informática, debates temáticos sobre a Rapariga, HIV e SIDA, alfabetização de crianças, jovens, adultos – alfabetização dos vendedores dos dumbanengues.
Para concluir, é deveras gratificante perceber que estes bairros periféricos não se pautam apenas de tristezas, casos de insucesso, de violência, mas sim, também, de excelentes exemplos de espírito de comunidade, de ajuda, de projectos dinâmicos, de casos de sucesso. Percebe-se também que com o devido investimento, com a devida atenção/empenho por parte não só de ONGs mas também do Governo, é possível proporcionar a estes cidadãos uma vida condigna, com acesso à educação, saúde, agua e saneamento. No entanto, devemos ser realistas e perceber que ainda há um longo caminho pela frente, apesar dos casos de sucesso.
Vamos contribuir para um Moçambique melhor!
A tua ajuda conta!
Torna-te voluntário e trabalha directamente com estes projectos!


Exerce a tua cidadania! Torna-te activo, participativo!
Abre o Olho!!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Olho do Cidadão/ Cidadão Jornalista



Olho do Cidadão/ Cidadão Jornalista

Num século dominado pelas tecnologias, a informação assume novos contornos que afectam invariavelmente a sociedade e as relações que nela se estabelecem. A liberdade de comunicação é uma condição essencial para que haja uma verdadeira democracia e para existir liberdade de comunicação e de expressão tem de existir democracia.
As novas tecnologias da informação e da comunicação oferecem meios de expressão aos cidadãos comuns, sendo-lhes mais fácil exercer a sua cidadania. Desta forma, começa a haver uma nova forma de exercer a cidadania que é mais dinâmica. O indivíduo tem a capacidade de, ele mesmo, criar fluxos de informação personalizada e de se expor apenas às fontes de informação que selecciona e assim contribuir para a democracia.
Neste contexto, o Olho do Cidadão vem ao encontro do conceito cidadão jornalista ou seja, um indivíduo sem formação académica na área de jornalismo com uma vontade enorme de participação na esfera social. Apresenta conteúdos informativos (de texto, imagem e som), onde exprime novas perspectivas e informação que, de outro modo, não teria visibilidade na esfera pública. Note-se que não exclui o que é produzido pelos jornalistas, mas contribui com textos, imagens e sons de certos acontecimentos, com maior liberdade na produção e veiculação de informação.

Assim, o Olho do cidadão é um espaço que pretende trazer para a esfera assuntos mediáticos de interesse público através de fotografias, vídeos e outros materiais

O Olho do cidadão! 


Será que estamos de Olho Aberto?
Será que estamos atentos aos problemas da nossa sociedade, do nosso dia-a-dia? Será que estamos atentos aos problemas que enfrentamos?
Será que queremos chamar a atenção dos nossos governantes para os problemas que enfrentamos nas escolas, centros de saúde, nos chapas, nas instituições públicas, na justiça?
Vamos abrir os olhos da sociedade para as nossas preocupações, dúvidas, problemas e injustiças!
Vamos tornar-nos cidadãos activos, conscientes dos nossos direitos e deveres!
Abre o Olho!!!